Planejamento tributário: entenda a importância e saiba como fazer
Pagar imposto a mais do que deveria é uma realidade para a maioria dos negócios no Brasil. Mas uma das principais medidas que podem evitar isso é ter um bom planejamento tributário.
A falta de organização nessa área é uma das principais causas de erros, prejuízos e desperdício de dinheiro. Muitas vezes, o problema não está no quanto a empresa fatura, mas sim em como ela lida com suas obrigações fiscais.
Neste artigo, você vai entender o que é planejamento tributário, por que ele é tão importante para a saúde financeira da sua empresa e os tipos existentes.
Vamos conferir ainda a diferença entre elisão e evasão e como colocar o planejamento em prática de forma segura e legal. Vamos juntos?
O que é planejamento tributário?
Planejamento tributário é, basicamente, um conjunto de ações e escolhas que ajudam a reduzir a carga tributária, sem deixar de cumprir nenhuma obrigação.
Na prática, isso significa entender como seu negócio funciona, quais são os tributos que incidem sobre ele e como estruturar tudo isso de forma inteligente e estratégica.
Sim, você pode (e deve) escolher o caminho legal que resulte em menos impostos, desde que tudo esteja dentro das regras fiscais.
Mais do que evitar surpresas com o fisco, esse planejamento é uma ferramenta de gestão que permite tomar decisões mais conscientes e evitar gastos desnecessários.
Qual a importância do planejamento tributário?
O planejamento tributário é a principal medida tomada para reduzir os gastos de uma empresa.
Quem empreende no Brasil sabe: os impostos pesam. Em média, 33% do faturamento de uma empresa vai direto para o pagamento de tributos, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
E sabe do que mais? Cerca de 95% das empresas pagam mais do que deveriam, também de acordo com o IBPT. Ou seja: a maioria está deixando dinheiro na mesa.
Por isso, fazer um bom planejamento tributário é uma necessidade. Ele ajuda você a manter o negócio saudável, competitivo e preparado para crescer com segurança.
Veja como ele pode fazer diferença na prática:
- Reduz a carga de impostos de forma legal
- Organiza melhor o fluxo de caixa e os prazos de pagamento
- Aumenta a margem de lucro sem precisar vender mais
- Evita erros, multas e dores de cabeça com o fisco
- Facilita a escolha do regime tributário ideal
- Melhora a gestão financeira e o controle dos custos
Tipos de planejamento tributário
Existem diferentes formas de aplicar o planejamento tributário, sendo as principais:
- Operacional: esse é o modelo do “básico bem-feito”, que cuida da rotina (cálculo dos tributos, pagamento em dia, entrega de obrigações fiscais, etc.).
- Preventivo: aqui o foco é antecipar riscos. O objetivo é identificar falhas antes que elas virem autuação ou multa e ajustar o rumo a tempo.
- Estratégico: voltado para decisões de longo prazo, como a escolha do regime tributário ou a expansão da empresa.
- Tático: age no meio do caminho, adaptando processos, revisando práticas e mantendo a empresa alinhada com a legislação e o cenário econômico.
Qual a diferença entre elisão e evasão fiscal?
A elisão fiscal é uma forma legal de reduzir o pagamento de impostos. A evasão fiscal, por outro lado, é ilegal e pode gerar sérias penalidades.
Elisão acontece quando o negócio usa a legislação a seu favor, por exemplo, escolhendo o regime tributário mais vantajoso ou aproveitando benefícios fiscais previstos em lei.
Já a evasão envolve práticas como omitir receitas ou fraudar documentos para pagar menos tributo. Além de arriscada, essa conduta pode comprometer a imagem da empresa e trazer consequências jurídicas.
Afinal, como fazer um planejamento tributário?
Fazer um bom planejamento tributário envolve, sobretudo, uma profunda compreensão do cenário do seu negócio. Junto a isso, é preciso conhecer as obrigações fiscais e tomar decisões estratégicas baseadas em dados.
A seguir, explicamos as etapas essenciais para colocar isso em prática de forma simples e legal.
Análise do negócio
Tudo começa com uma análise detalhada do seu negócio: qual é a natureza jurídica, o enquadramento tributário atual e quais são os objetivos da empresa.
Hoje, existem 25 tipos de natureza jurídica e enquadramentos possíveis no Brasil. Entre os mais comuns estão:
- MEI (Microempreendedor Individual)
- ME (Microempresa)
- EPP (Empresa de Pequeno Porte)
- LTDA (Sociedade Limitada)
- EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada)
Cada tipo de empresa tem direitos e obrigações diferentes. Entender onde o seu negócio se encaixa é o primeiro passo para pagar os tributos certos.
Leia também: ME ou EPP: quais as diferenças e como escolher o ideal?
Levantamento da carga tributária
Na sequência, é hora de mapear os impostos que incidem sobre a operação. Entre os principais tributos estão:
- IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)
- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
- PIS e COFINS
- ICMS
- ISS
- INSS patronal, entre outros
Essa etapa inclui fazer simulações e comparações entre a carga tributária real (o que você já paga) e a potencial (quanto poderia pagar em diferentes cenários). É aqui que surgem oportunidades de redução, isenção ou compensação de tributos.
Escolha do regime tributário
Com o cenário fiscal em mãos, o próximo passo é escolher o regime tributário mais adequado.
No Brasil, existem três principais:
- Simples Nacional: voltado para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
- Lucro Presumido: tributação baseada em uma margem de lucro pré-definida por lei, de acordo com a atividade da empresa.
- Lucro Real: mais complexo e obrigatório para quem fatura mais de R$ 78 milhões por ano.
Cada regime tem seus prós e contras. A melhor escolha depende do seu setor, faturamento e estrutura de custos.
Definição de metas e objetivos
Depois de analisar o cenário da empresa e escolher o regime tributário, é hora de traçar metas claras para tornar o planejamento realmente eficiente.
Veja alguns exemplos de metas que podem ser adotadas:
- Integrar o setor contábil ao financeiro, para melhorar a comunicação entre equipes e reduzir erros nos lançamentos fiscais.
- Automatizar a apuração de tributos com um sistema de gestão (ERP) para diminuir retrabalho e facilitar o cumprimento de prazos.
- Revisar periodicamente os tributos pagos, identificando oportunidades de economia com base em mudanças na legislação.
- Aproveitar créditos tributários permitidos por lei, como os de ICMS, PIS/COFINS ou REINTEGRA.
- Buscar incentivos fiscais específicos, como os voltados para setores estratégicos ou regiões com benefícios estaduais e municipais.
Busca por apoio especializado
O planejamento tributário não precisa (e nem deve) ser feito por conta própria. Contadores de confiança ou um escritório contábil com experiência podem ajudar muito nesse processo.
Além de conhecer os detalhes da legislação, os profissionais da área conseguem analisar os números do seu negócio, orientar sobre mudanças e evitar erros que custam caro.
Como a tecnologia pode facilitar o seu planejamento tributário?
Ter um bom planejamento tributário exige organização e a tecnologia pode ser de grande ajuda nesse processo.
Um exemplo disso é o Minha Conta Cielo, em que você acompanha de perto as vendas, os recebimentos dos valores, tudo em tempo real.
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Conclusão
Entender e aplicar o planejamento tributário pode ser, sem dúvidas, um divisor de águas para a saúde financeira do seu negócio. Ao longo deste conteúdo, vimos que:
- O planejamento tributário ajuda a pagar apenas o que é devido, de forma legal.
- Mais de 95% das empresas no Brasil pagam impostos a mais por falta de orientação.
- Existem quatro tipos de planejamento: operacional, preventivo, tático e estratégico.
- Elisão fiscal é legal e desejável; evasão fiscal é crime e deve ser evitada.
- Fazer simulações, escolher o regime certo e buscar apoio contábil são passos fundamentais.
- Definir metas claras melhora o controle fiscal e permite aproveitar oportunidades legais.
- Ferramentas como o Minha Conta Cielo facilitam a gestão e trazem mais segurança para suas decisões.
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